Lição 9 – A igreja e o sustento missionário

Lição 9 – A igreja e o sustento missionário

Abordar o sustento financeiro da missão da igreja é fundamental no contexto atual, especialmente diante dos desafios e necessidades crescentes.

Nosso ponto de partida será a análise profunda de Filipenses 4.10-20, um texto rico em ensinamentos sobre a provisão divina e a responsabilidade humana.

Através dele, identificaremos princípios chave que orientam o suporte à obra missionária, uma prática que transcende a mera obrigação, tornando-se um ato de fé e amor.

Nossa jornada nos levará a comparar as posturas da igreja de Corinto e da igreja de Filipos no que tange ao apoio missionário. Esta comparação iluminará nossa compreensão sobre o papel vital que cada membro da igreja local desempenha no sustento financeiro da missão.

Compreender essa dinâmica não é apenas uma questão de responsabilidade financeira, mas também um meio de acumular tesouros espirituais na eternidade.

Este estudo nos convida a refletir profundamente sobre nosso compromisso com a obra missionária, alinhando nossas ações financeiras com os valores do Reino de Deus.

A IGREJA DE FILIPOS E O SUSTENTO MISSIONÁRIO

A igreja de Filipos se destaca na história cristã como um exemplo brilhante de comprometimento e generosidade no sustento missionário.

Essa comunidade, marcada por uma fé vibrante, entendeu profundamente o valor de apoiar financeiramente a obra de evangelização, servindo de modelo para as igrejas contemporâneas.

O seu empenho não apenas atendia às necessidades imediatas dos missionários, mas também refletia uma compreensão mais ampla do reino de Deus.

A disposição dessa igreja em contribuir para o sustento missionário revela uma fé ativa, que se traduz em ações práticas e significativas.

Paulo e a igreja de Filipos

Paulo, o apóstolo, e a igreja de Filipos compartilhavam uma relação especial, profundamente enraizada na fé e na colaboração mútua.

A generosidade dos filipenses, expressa por meio de suas ofertas voluntárias, foi um suporte vital para Paulo em sua jornada missionária. Este ato não era meramente um gesto de ajuda financeira, mas um símbolo poderoso da unidade e da parceria no Evangelho.

A oferta da igreja de Filipos foi uma expressão tangível de seu amor e compromisso com a missão de Paulo, reafirmando o vínculo espiritual que os unia.

A trajetória de Paulo reflete um contraste marcante entre a abundância e a escassez, como evidenciado em Filipenses 4.10-20. Antes de sua conversão, como membro influente do Sinédrio, Paulo gozava de conforto material e prestígio.

No entanto, ao se tornar um seguidor de Cristo, ele abraçou um caminho de incertezas financeiras. Esta mudança radical de circunstâncias evidencia a profundidade de sua fé e o compromisso com sua missão, escolhendo a simplicidade e a dependência da provisão divina em vez da segurança material.

O relacionamento entre Paulo e a igreja de Filipos é uma poderosa lição sobre a dinâmica do sustento missionário na igreja primitiva.

A prontidão dos filipenses em oferecer suporte financeiro revela uma compreensão clara de que contribuir para a obra missionária vai além do mero ato de doar; é participar ativamente do ministério do evangelho.

Esta parceria financeira entre o missionário e a igreja local é um princípio bíblico que fundamenta a obra missionária até os dias de hoje.

A vida missionária de Paulo, marcada tanto pela abundância quanto pela escassez, nos ensina sobre a confiança inabalável na providência divina.

Seu testemunho mostra que, independentemente das circunstâncias, a fé e a dependência de Deus permanecem inalteradas.

Este exemplo de Paulo inspira a igreja contemporânea a reconhecer que o verdadeiro sustento vem de Deus, e que as contribuições financeiras são um meio pelo qual Ele provê para os Seus servos.

A generosidade da igreja de Filipos para com Paulo é também um lembrete de que o sustento missionário não é apenas uma responsabilidade individual, mas uma expressão coletiva da igreja.

Ao apoiar financeiramente os missionários, a igreja não apenas cumpre um dever, mas também se envolve ativamente na expansão do reino de Deus. Este entendimento fortalece a comunhão e a responsabilidade mútua dentro do corpo de Cristo.

A relação entre Paulo e a igreja de Filipos ilustra que o sustento missionário é uma via de mão dupla. Enquanto os missionários são sustentados fisicamente e encorajados espiritualmente, as igrejas que contribuem são abençoadas e enriquecidas em sua fé.

Este intercâmbio sadio promove crescimento espiritual e fortalece a obra do Evangelho, evidenciando que, no Reino de Deus, dar e receber são atos igualmente abençoados.

O privilégio de participar do sustento missionário

A participação no sustento missionário é um privilégio que transcende a mera obrigação financeira, tornando-se uma expressão autêntica de fé e compromisso com o Evangelho.

A igreja de Filipos, em sua interação com Paulo, estabelece um modelo exemplar nesta área. Seus membros e obreiros demonstraram não só disposição, mas também alegria ao contribuir financeiramente para o ministério missionário.

Esta atitude, conforme descrita em Filipenses 4.15, reflete a essência do que significa ser parte ativa na obra de Deus.

Contribuir para o sustento dos missionários e suas famílias através da secretaria ou do departamento de Missões da igreja não é apenas uma prática financeira; é uma maneira de participar ativamente na disseminação do Evangelho.

Ao oferecer suporte material, os membros da igreja local se envolvem diretamente no processo missionário, formando uma ponte vital entre a comunidade de fé e aqueles que são chamados para servir em diferentes culturas.

Além do apoio financeiro, orar, interceder, acompanhar e financiar os missionários são aspectos fundamentais do privilégio de participar na obra missionária.

A intercessão e o acompanhamento são tão cruciais quanto o suporte financeiro, pois fortalecem os laços espirituais e promovem uma conexão mais profunda entre a igreja e seus missionários. Estas práticas refletem a unidade e a interdependência do Corpo de Cristo, onde cada membro desempenha um papel vital.

Esta relação entre a igreja local e os missionários é marcada por uma confiança espiritual profunda. Quando uma igreja se compromete a sustentar e apoiar seus obreiros transculturais, ela manifesta uma compreensão clara de seu papel no plano de Deus.

Esta parceria não é apenas benéfica para os missionários, mas também para a igreja, pois proporciona uma visão ampliada do Reino de Deus e uma experiência mais rica da comunhão cristã.

O sustento missionário é um privilégio que reflete a essência da vida cristã. Ele permite que os membros da igreja local participem ativamente na grande comissão, estendendo o amor e a mensagem de Cristo além de suas próprias fronteiras.

Este ato de dar não é somente uma bênção para quem recebe, mas também para quem dá, pois, ao investir no Reino de Deus, cada contribuição se torna um ato de adoração e um investimento eterno.

Esferas de sustento missionário

O sustento missionário abrange diversas esferas, cada uma com suas especificidades e necessidades financeiras. Quando uma igreja assume o compromisso de enviar um missionário para atuar em outro país, essa decisão carrega consigo a responsabilidade de assegurar que todas as necessidades básicas do missionário e de sua família sejam atendidas.

Essas necessidades incluem, mas não se limitam a, alimentação, moradia, transporte, e outras despesas que variam de acordo com o contexto cultural em que estão inseridos.

O planejamento financeiro para missões é uma tarefa complexa e multifacetada. A igreja local deve levar em consideração não apenas as necessidades imediatas, mas também preparar-se para imprevistos e mudanças contextuais.

Este cuidado não é apenas uma questão de responsabilidade financeira, mas um testemunho do comprometimento da igreja com a obra missionária.

A falta de sustento adequado pode ter consequências sérias, comprometendo não só o bem-estar dos missionários, mas também a eficácia do seu trabalho no campo.

A Bíblia, especialmente em Filipenses 4.18-19, nos ensina que Deus valoriza as ofertas dadas em apoio à obra missionária. Esta passagem bíblica nos assegura que, ao investirmos nos missionários, estamos, de fato, fazendo um investimento santo.

Deus reconhece e honra esse ato de generosidade, prometendo abençoar e suprir as necessidades daqueles que dão. Assim, ao contribuir para o sustento missionário, a igreja não apenas cumpre um dever, mas também participa de uma promessa divina de provisão e bênção.

É essencial, portanto, que a igreja local se envolva ativamente no sustento missionário, não apenas como um ato de obediência, mas também como uma expressão de fé na promessa de Deus de cuidar de Seus filhos.

Esse envolvimento deve ser feito com sabedoria, discernimento e, acima de tudo, com um coração generoso, confiando que Deus usará esses recursos para o avanço do Seu reino e para a manifestação da Sua glória entre as nações.

Além disso, o sustento missionário é uma oportunidade para a igreja expressar sua unidade e solidariedade com os missionários, reconhecendo que, embora separados geograficamente, estão unidos no propósito de espalhar o Evangelho.

Este ato de sustento é uma demonstração prática do amor cristão, uma expressão tangível do cuidado da igreja para com aqueles que foram chamados para servir em campos missionários.

O sustento missionário é uma responsabilidade integral da igreja, que envolve não apenas o apoio financeiro, mas também um compromisso espiritual e emocional com aqueles que estão na linha de frente da obra missionária.

Ao investir na missão, a igreja participa ativamente do plano de Deus para a humanidade, contribuindo para a disseminação do Evangelho e a expansão do Reino de Deus na terra.

Lições Passadas:

PRINCÍPIOS BÁSICOS ACERCA DO SUSTENTO MISSIONÁRIO PELA IGREJA

Explorar os princípios básicos do sustento missionário pela igreja é crucial para entender a responsabilidade e o papel da comunidade cristã nesta obra.

Esses princípios, fundamentados nas Escrituras, orientam a igreja tanto na prática quanto na atitude correta em relação ao financiamento da missão. Eles servem como alicerce para uma abordagem bíblica e espiritualmente saudável ao sustento dos missionários.

Esta compreensão vai além da mera contribuição financeira; ela abrange a visão, o coração e a disposição da igreja em ser parte ativa do plano divino de salvação.

Assim, os princípios básicos do sustento missionário não só definem o modo como a igreja deve financiar, mas também como deve se engajar espiritual e emocionalmente com a obra missionária.

O custo do sustento financeiro

O custo do sustento financeiro é um aspecto crucial na preparação e execução de projetos missionários. Conforme ensinado por Jesus em Lucas 14.28, é essencial calcular os custos antes de embarcar em qualquer missão.

Este planejamento cuidadoso assegura que a igreja local possa atender adequadamente às necessidades do missionário e de sua família, evitando surpresas desagradáveis e garantindo a sustentabilidade da missão a longo prazo.

Um passo importante nesse processo é a análise do padrão de vida no país de destino. Isso envolve compreender não apenas os custos básicos de vida, como alimentação e moradia, mas também considerar fatores culturais e socioeconômicos que possam influenciar o custo de vida.

Tal análise permite à igreja elaborar um orçamento realista e adequado às necessidades específicas do contexto missionário.

A formalização de um contrato entre a igreja e o missionário, conforme sugerido em Mateus 5.37, é uma prática prudente. Este contrato deve detalhar todas as tratativas financeiras e logísticas acordadas, garantindo transparência e entendimento mútuo.

Este documento serve não apenas como um acordo legal, mas também como um testemunho do compromisso sério e responsável da igreja com o projeto missionário.

A responsabilidade financeira da igreja local em relação ao missionário é um compromisso contínuo, que deve ser ajustado periodicamente. A realidade no campo missionário pode mudar, e é importante que a igreja esteja preparada para reavaliar e ajustar o apoio financeiro conforme necessário.

Isso inclui despesas com transporte, moradia, educação e saúde da família do missionário, além de outros custos relacionados à instalação e manutenção no campo de atuação.

A igreja deve também considerar a sustentabilidade a longo prazo da obra missionária. Idealmente, o projeto deve evoluir para um ponto em que possa se autossustentar e, por sua vez, apoiar o missionário em todas as áreas da vida.

Este objetivo, embora desafiador, é fundamental para garantir que a obra missionária possa crescer e se desenvolver independentemente.

É essencial lembrar que, enquanto a igreja local tem a responsabilidade financeira, a verdadeira fonte de provisão é Deus. A fidelidade na gestão dos recursos e a confiança na provisão divina são aspectos fundamentais que sustentam a obra missionária.

Ao se comprometerem com o sustento financeiro dos missionários, as igrejas locais estão, na verdade, exercendo fé e obedecendo ao chamado de participar ativamente no plano de Deus para a expansão do seu Reino.

Princípios básicos do sustento missionário

A análise do texto de Filipenses 4.10-20 oferece valiosos princípios básicos sobre o sustento missionário, orientando a igreja na forma como deve se envolver financeiramente com a missão. Estes princípios não apenas fornecem diretrizes práticas, mas também refletem a natureza espiritual e a responsabilidade da igreja no apoio à obra missionária.

Primeiramente, o suporte financeiro deve ser organizado e atento às necessidades reais dos missionários no campo. Este princípio enfatiza a importância de uma abordagem cuidadosa e sensível às diversas circunstâncias enfrentadas pelos missionários.

Ignorar as carências e desafios específicos que eles enfrentam pode comprometer a eficácia e o bem-estar de seu trabalho. Portanto, a igreja deve se esforçar para entender e atender a essas necessidades de maneira abrangente.

Em segundo lugar, o sustento deve ser coletado de forma responsável e entregue regularmente aos missionários. Esta prática assegura que os missionários recebam o apoio necessário de maneira contínua, permitindo que se concentrem em seu trabalho sem preocupações financeiras excessivas.

A regularidade e eficiência na entrega do sustento são fundamentais para a estabilidade e a longevidade do projeto missionário.

Terceiro, o sustento missionário é uma expressão voluntária de gratidão dos fiéis. A motivação para apoiar a obra missionária deve brotar de um coração agradecido pela salvação em Cristo e pelo desejo de ver o Evangelho proclamado.

As ofertas para o sustento dos missionários, portanto, são um reflexo da generosidade e do compromisso espiritual da congregação.

Além disso, o sustento oferecido deve ir além do básico, provendo de maneira ampla de acordo com as necessidades daquele trabalho missionário específico. Isso significa considerar não apenas as necessidades materiais, mas também o apoio emocional, espiritual e social necessário para o sucesso do ministério no campo.

O compromisso com o sustento de missões deve ser constante e permanente. A obra missionária não é um projeto de curto prazo, mas um empreendimento contínuo que exige um compromisso duradouro.

A igreja deve estar preparada para apoiar seus missionários não apenas em momentos de abundância, mas também em tempos de dificuldade, assegurando um suporte consistente e confiável.

Esses princípios, baseados na Palavra de Deus e no exemplo da igreja de Filipos, fornecem uma base sólida para o envolvimento efetivo e espiritualmente significativo da igreja na obra missionária.

Um apoio fiel e permanente

O apoio fiel e permanente aos missionários é um elemento central para o sucesso e a sustentabilidade da missão. Paulo, ao elogiar os Filipenses em Filipenses 4.16 por seu apoio contínuo, destaca a importância dessa fidelidade para o ministério.

Este exemplo bíblico sublinha a necessidade de um compromisso duradouro da igreja com aqueles que são enviados para realizar a obra missionária.

A fidelidade no sustento missionário vai além do ato inicial de enviar um missionário; ela envolve um compromisso contínuo de prover suporte financeiro, espiritual e emocional.

As necessidades dos missionários, como mencionado em Filipenses 4.15, não devem ser negligenciadas devido à falta de planejamento ou compromisso da igreja local.

É vital que haja um entendimento claro de que os missionários dependem do suporte consistente dos fiéis para continuarem seu trabalho.

A confiança dos missionários na fidelidade dos fiéis é crucial. Eles dependem não apenas das contribuições financeiras, mas também do suporte contínuo em oração e encorajamento. Esta relação de confiança mútua entre missionário e igreja cria um vínculo forte que sustenta o ministério em tempos de desafio e prosperidade.

Além disso, o desafio para a igreja local não se limita ao envio de missionários. Manter o sustento missionário é igualmente importante.

Isso significa que a igreja deve estar preparada para apoiar o missionário e sua família de maneira constante, sem deixá-los desamparados no campo de trabalho.

O abandono de missionários pode ter consequências devastadoras não só para o indivíduo e sua família, mas também para o trabalho missionário como um todo.

Em resumo, um apoio fiel e permanente ao trabalho missionário reflete o coração da missão da igreja. É uma demonstração de compromisso com a Grande Comissão e um reflexo do amor e cuidado da igreja para com aqueles que são chamados para servir em campos distantes.

Este suporte constante fortalece os missionários, sustenta a obra missionária e contribui para a expansão do Reino de Deus.

APRENDENDO A INVESTIR NA OBRA MISSIONÁRIA

Investir na obra missionária é uma prática fundamental que vai além do mero ato de doar; é um compromisso espiritual e um reflexo da compreensão do papel da igreja no plano de Deus.

Ao aprender a investir de forma eficaz na missão, a igreja não apenas cumpre um mandamento bíblico, mas também participa ativamente na expansão do Reino de Deus. Este investimento se traduz em sustento financeiro, orações e apoio moral aos missionários.

Esse aprendizado envolve compreender a importância do sustento missionário, reconhecendo que cada contribuição tem um impacto significativo na propagação do Evangelho.

Assim, a igreja deve buscar sabedoria e discernimento na alocação de seus recursos, garantindo que seu investimento na obra missionária seja eficaz, responsável e alinhado com a vontade de Deus.

Igreja de Filipos x Igreja de Corinto

A comparação entre as igrejas de Filipos e Corinto oferece um estudo de caso valioso sobre as diferentes abordagens ao sustento missionário no cristianismo primitivo.

Enquanto a igreja de Filipos é destacada por sua generosidade exemplar, conforme mencionado em Filipenses 4.15-19, a igreja de Corinto, apesar de rica em dons espirituais e conhecimento, como descrito em 1 Coríntios 1.4-7 e 2 Coríntios 8.7, falhou em prover adequadamente para as necessidades financeiras de seu missionário, o apóstolo Paulo.

A generosidade da igreja de Filipos para com Paulo não era apenas um ato de caridade, mas uma manifestação de sua compreensão da missão da igreja e do papel dos missionários.

Eles reconheceram que sustentar financeiramente o ministério de Paulo era uma parte integral de seu próprio ministério e expressão de fé.

Esta atitude refletia uma visão altruísta e um compromisso com a causa do Evangelho que transcendia suas próprias necessidades locais.

Por outro lado, a igreja de Corinto, apesar de suas riquezas espirituais, mostrou uma certa insensibilidade em relação às necessidades financeiras do seu missionário.

Isso levou Paulo a depender do apoio de outras igrejas, como indicado em 2 Coríntios 11.8-9 e Filipenses 4.15. A necessidade de intervenção de outras comunidades cristãs para apoiar Paulo destaca uma lacuna no entendimento da igreja de Corinto sobre a importância do sustento missionário.

A situação em Corinto serve como um lembrete de que a abundância de dons espirituais e conhecimento não substitui a responsabilidade prática da igreja de prover para aqueles que são enviados para o campo missionário. A Bíblia, em várias passagens como Gálatas 6.6, Romanos 15.25-28, 1 Timóteo 5.18 e 1 Coríntios 9.9-14, enfatiza a importância da contribuição financeira para os que trabalham na obra do Senhor.

Portanto, é essencial que as igrejas contemporâneas compreendam plenamente o significado e a importância do sustento missionário. Ao apoiar financeiramente os missionários, a igreja não está apenas cumprindo uma obrigação, mas está participando ativamente no trabalho de Deus.

Este apoio possibilita que a mensagem do Evangelho seja levada a lugares distantes, impactando vidas e expandindo o Reino de Deus.

Em resumo, as lições aprendidas com as experiências das igrejas de Filipos e Corinto são cruciais para a compreensão do papel da igreja no sustento missionário.

A generosidade e o compromisso da igreja com seus missionários refletem sua maturidade espiritual e entendimento do mandato bíblico de levar o Evangelho a todas as nações.

Tendo consciência de nosso dever

A consciência do dever de contribuir para a obra missionária é um princípio fundamental ensinado pelo apóstolo Paulo, particularmente à igreja de Corinto.

Em 2 Coríntios 9.6-8, Paulo esclarece que contribuir para a missão não é apenas um ato de generosidade, mas também um investimento espiritual que Deus reconhece e “credita” na conta dos doadores.

Esta perspectiva transforma a maneira como a igreja deve encarar o sustento missionário, não como um fardo, mas como uma oportunidade de participação no plano divino.

Hoje, essa verdade permanece relevante. A oferta dada para o sustento missionário é recebida com alegria pelo Senhor, e este ato de doação traz consigo promessas de provisão divina.

Filipenses 4.19 enfatiza que Deus suprirá todas as necessidades daqueles que contribuem para Sua obra. Esta promessa não se limita apenas ao contexto financeiro, mas abrange todas as áreas da vida, garantindo que aqueles que dão não ficarão desprovidos.

Além disso, investir na obra missionária é uma forma de acumular tesouros no céu, como ensinado por Jesus em Mateus 6.20-21. Este ensinamento destaca a importância de focar em recompensas eternas em vez de ganhos materiais temporários.

Ao contribuir para a missão, os crentes estão investindo em algo que transcende a vida terrena, armazenando riquezas espirituais que têm valor eterno no Reino de Deus.

Portanto, ter consciência de nosso dever em relação ao sustento missionário é reconhecer que estamos participando de algo maior do que nós mesmos.

É entender que cada contribuição tem um impacto significativo na expansão do Evangelho e no cumprimento da Grande Comissão. Este ato de dar não é apenas uma questão de responsabilidade; é uma expressão de fé, uma demonstração de confiança na provisão de Deus e um investimento na eternidade.

A igreja moderna, assim como a igreja primitiva, é chamada a reconhecer e abraçar seu papel no sustento da obra missionária.

Ao fazer isso, os crentes não apenas cumprem um mandamento bíblico, mas também se alinham com o coração de Deus, participando ativamente na construção de Seu Reino e na propagação do Evangelho pelo mundo.

Pessoas financiando a obra divina

A prática de financiar a obra divina não é um conceito moderno, mas uma verdade bíblica profundamente enraizada na história da fé cristã. Em Lucas 8.1-3, vemos um exemplo marcante de como um grupo de mulheres sustentou financeiramente o ministério de Jesus e seus discípulos.

Elas serviram ao Senhor não apenas com suas ações e orações, mas também com seus bens materiais. Este ato de generosidade demonstra que o sustento financeiro tem sido uma parte integral da missão divina desde o início.

A contribuição dessas mulheres ao ministério de Jesus ressalta que o financiamento da obra de Deus é uma responsabilidade compartilhada entre todos os crentes, independentemente de seu papel direto na evangelização.

Enquanto muitos cristãos podem não ter a oportunidade de realizar missões transculturais no campo, eles podem participar ativamente na obra missionária por meio do apoio financeiro a missionários e projetos missionários.

Esta compreensão nos leva a uma reflexão importante: cada crente tem um papel a desempenhar na expansão do Reino de Deus. Ao financiar a obra missionária, os cristãos estão contribuindo diretamente para a propagação do Evangelho, mesmo que não estejam fisicamente presentes no campo missionário.

Tal apoio financeiro pode ser o elemento crucial que possibilita a realização de missões transculturais.

As palavras de Hudson Taylor, um renomado missionário inglês na China, ressoam com profundidade neste contexto:

A obra de Deus feita segundo a vontade de Deus, jamais terá falta dos recursos de Deus.

Esta citação enfatiza que quando a obra missionária é realizada de acordo com a vontade divina, a provisão de Deus é assegurada.

Deus capacita e sustenta aqueles que estão comprometidos com Sua obra, garantindo que os recursos necessários estejam disponíveis.

Portanto, o financiamento da obra divina por indivíduos é uma prática bíblica e uma expressão de fé. Ela permite que todos os cristãos, independentemente de sua localização ou vocação específica, tenham um papel ativo na missão de Deus.

Ao investir financeiramente na obra missionária, os crentes estão, de fato, investindo no Reino de Deus e cumprindo sua parte na Grande Comissão.

CONCLUSÃO

A contribuição de dízimos e ofertas à obra missionária é muito mais do que um mero cumprimento de deveres financeiros; é um reconhecimento explícito da soberania de Deus em nossas vidas e uma expressão prática de nossa fé.

Como destacado em 1 Timóteo 2.4, a vontade divina é que todos sejam salvos e cheguem ao conhecimento da verdade. Para que esta meta sublime seja alcançada, cada crente é chamado a desempenhar um papel vital.

Deus convoca Seus filhos a usar seus dons, talentos e recursos para apoiar a missão de levar o Evangelho a todos os cantos da Terra. Esta convocação é um privilégio e uma responsabilidade que recai sobre cada um de nós, convidando-nos a fazer parte de um esforço coletivo e sagrado.

Ao contribuir para a obra missionária, não estamos apenas financiando a propagação do Evangelho; estamos participando ativamente no plano divino de salvação.

O chamado para apoiar a obra missionária é um convite para entrar em um grupo seleto de mantenedores que desempenham um papel crucial na expansão do Reino de Deus.

Ao fornecer Bíblias, literaturas, recursos e suporte a missionários, estamos facilitando a chegada da mensagem de vida eterna a povos e nações que ainda não foram alcançados.

Portanto, nosso compromisso com o sustento missionário é uma resposta ao chamado de Deus para sermos colaboradores em Sua obra.

É um ato de obediência e amor, um testemunho da nossa fé e uma demonstração do nosso desejo de ver o Reino de Deus crescer. Como filhos de Deus, temos a honra e a responsabilidade de contribuir para que Sua mensagem de salvação alcance todos os povos da Terra.

1 comentário


  1. Este artigo sobre a Lição 9 aborda de maneira esclarecedora o papel vital da igreja no sustento missionário, ressaltando a importância da colaboração e do apoio contínuo para a obra missionária.

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