E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, e vimos a sua glória, glória como do unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade.
João 1:14
Ele era culpado, ele havia cometido crimes terríveis, crimes dignos de morte… e Roma o pregou numa cruz. Na cruz, ele confessou seu pecado e culpa. Na cruz, ele olhou para Jesus em arrependimento e fé. Na cruz, ele encontrou a graça do Senhor e lhe foi assegurado um lugar no Paraíso. O ladrão na cruz chegou ao céu da mesma forma que qualquer um chega ao céu – pela graça por meio da fé na verdade.
A graça foi definida como o favor imerecido de Deus. A sigla popular afirma corretamente: “A graça é a riqueza de Deus à custa de Cristo”. Graça é aquilo que todos precisam e ninguém merece. A graça é verdadeiramente o amor de Deus em ação, pagando o preço pelo pecado e recebendo qualquer pecador que simplesmente se arrepende e crer.
A GRAÇA NÃO ESTÁ SOZINHA
Jesus era e é cheio de graça e verdade. João 1:14 deixa isso bem claro. Em João 14:6, Jesus disse: “Eu sou o caminho, e a veracidade, e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim”. Tanto a graça quanto a verdade são criticamente importantes.
Ninguém pode ser salvo sem a graça e a verdade de Deus, Jesus é Deus em carne, o Único Salvador que morreu e ressuscitou, e o arrependimento e a fé são os meios para acessar a graça de Deus.
A graça não vence a veracidade, e a verdade não vence a graça. Eles vão juntos. Todo pastor precisa se lembrar desses dois pontos básicos. Todo cristão precisa avaliar uma igreja ou ministério com graça e verdade. Uma igreja que é pesada na graça e leve na verdade é desequilibrada, assim como uma igreja é pesada na verdade e leve na graça. Jesus está cheio de ambos.
O MOVIMENTO DA HIPERGRAÇA
Há um movimento que pegou fogo nos últimos anos que alguns apelidaram de movimento da hiper-graça. Hipergraça é um termo usado para descrever uma nova onda de ensino que enfatiza a graça de Deus com a exclusão de outros ensinamentos vitais.
A hipergraça supera a verdade e minimiza a confissão, o arrependimento e a obediência. Como disse um escritor: “A conclusão trágica do ensino da hiper-graça é que não estamos presos ao ensino de Jesus, mesmo que não estejamos sob a Lei; que os crentes não são responsáveis por seus pecados; e que quem discorda é um legalista farisaico”.
Judas advertiu contra isso mesmo ao falar de falsos mestres “que transformam a graça de Deus em licenciosidade [uma licença para a imoralidade e a luxúria desenfreada]”.
O lado da verdade da equação afirma que Deus espera que Seus filhos sejam santos como Ele mesmo é santo (1 Pedro 1:16). Os cristãos são novas criaturas em Cristo. Ele nos diz para “sair do meio deles e separar-se” (2 Coríntios 6:17).
Se afirmamos ser cristãos e não temos um estilo de vida que busca a santidade, estamos andando nas trevas, enganando a nós mesmos e deixando de “praticar a verdade” (1 João 1:6).
A FALTA DE VERDADE
Ao olhar ao redor de nossa nação, acredito que estamos experimentando uma escassez de verdade. Tudo parece centrado no favor de Deus e na experiência pessoal. Tantas pessoas querem ouvir sobre sua próxima promoção, a realização de seus sonhos e sua próxima grande bênção financeira ou relacional.
Eles não parecem querer ouvir sobre a santidade de Deus, as consequências do pecado, o sofrimento que vem de seguir a Cristo, a realidade do inferno, e o que é moralmente certo e moralmente errado.
O povo disse ao contundente profeta Isaías: “Não nos profetize o que é certo, fale-nos palavras agradáveis, profetize ilusões. Saia do caminho, desvie-se do caminho, não ouçamos mais sobre o Santo de Israel” (Isaías 30:10-11).
Paulo disse que nos últimos dias as pessoas não suportarão a sã doutrina. Eles virão à igreja para fazer cócegas em seus ouvidos para que possam se sentir bem enquanto continuam no pecado. Se eles forem confrontados com a verdade, eles a condenarão como crítica, odiosa, insensível e arcaica. Mas é a verdade que liberta as pessoas (Jo 8:32).
Então… quem defenderá a graça e a verdade? Ambos são desesperadamente necessários em nosso mundo hoje.
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