Lição 1 – A grande comissão: um enfoque etnocêntrico

Lição 1 – A grande comissão: um enfoque etnocêntrico

Neste trimestre, somos convidados a mergulhar profundamente na obra missionária, um chamado que ressoa desde as palavras de nosso Senhor Jesus Cristo. É crucial entender que a Grande Comissão não é apenas um mandamento, mas uma vocação que transcende fronteiras culturais e geográficas. Infelizmente, muitas vezes nos tornamos etnocêntricos, limitando a mensagem do Evangelho ao nosso próprio contexto cultural.

Nesta primeira lição, vamos desmistificar a Grande Comissão, explorar o significado e a importância das Missões Transculturais, e fornecer uma visão global da disseminação da mensagem do Evangelho.

O objetivo é claro: compreender que a missão divina é um imperativo que requer a participação ativa de cada crente. Deus nos convoca a sermos colaboradores em Sua obra redentora, uma obra que foi inaugurada através de Seu Filho, Jesus Cristo.

Ao longo deste estudo, você será desafiado a dizer “sim” a este chamado divino, reconhecendo que a missão de Deus é muito maior do que nossas próprias perspectivas culturais e etnocêntricas.

A Grande Comissão

Nesta seção, voltaremos nossa atenção para a Grande Comissão, o mandato divino proferido por Jesus Cristo, que serve como alicerce e diretriz para toda a obra missionária cristã.

O que é a Grande Comissão?

A Grande Comissão não é apenas um conceito; é um mandato divino que permeia toda a Escritura Sagrada. Este mandamento tem suas raízes no Antigo Testamento, como podemos ver em Isaías 45:22 e Gênesis 12:3. No entanto, é no Novo Testamento que a Grande Comissão encontra seu pleno desenvolvimento e fundamentação, especialmente nos evangelhos e nos Atos dos Apóstolos (Mateus 9:37-38; 28:19; Atos 1:8).

A Grande Comissão é mais do que uma simples instrução; ela é uma ordem pós-ressurreição de Jesus Cristo aos seus discípulos. Os textos de Mateus 28:18-20, Marcos 16:15-20, Lucas 24:46-49, João 20:21-23 e Atos 1:4,5,8 são testemunhos bíblicos que reforçam a universalidade e a urgência deste chamado divino. Em outras palavras, a Grande Comissão não é um chamado isolado, mas uma continuação da missão divina que se estende desde o Antigo ao Novo Testamento.

James Hudson Taylor, um missionário inglês que serviu na China por 51 anos, capturou a essência deste mandamento quando disse: “A Grande Comissão não é uma opção a ser considerada. É um mandamento a ser obedecido.” Este pensamento ressalta a seriedade e a obrigatoriedade da tarefa que nos foi confiada. Ignorar a Grande Comissão é, em essência, desobedecer a um mandamento direto de Cristo.

É crucial, portanto, que cada crente compreenda a amplitude deste chamado. Não se trata apenas de uma missão para um grupo seleto de pessoas, mas um imperativo para toda a Igreja. A Grande Comissão nos desafia a sair de nossas zonas de conforto e perspectivas etnocêntricas, para abraçar uma visão que é verdadeiramente global, alcançando todas as nações e culturas com a mensagem transformadora do Evangelho.

A Grande Comissão é o coração da obra missionária, um chamado que vai além de fronteiras culturais e geográficas. Ela é um mandato divino que nos convoca a ser colaboradores ativos na obra redentora de Deus, uma obra que foi inaugurada e autorizada pelo próprio Jesus Cristo.

A Questão Cultural (etnocêntrico)

O mandamento de “Ide” proferido por Jesus não é apenas um chamado para sair fisicamente de um lugar para outro; é também um desafio para cruzar fronteiras culturais. A obra missionária envolve mais do que simplesmente proclamar o Evangelho; ela exige uma compreensão sensível e respeitosa da cultura na qual essa mensagem será inserida. Conforme Paulo nos ensina em 1 Coríntios 1:1,2, não devemos desprezar ou impor nossa própria cultura ao evangelizar.

É crucial avaliar a cultura de um povo à luz das Escrituras Sagradas. A cultura é uma expressão da humanidade criada à imagem de Deus, rica em beleza e bondade. No entanto, como resultado da Queda, essa mesma cultura também foi manchada pelo pecado e, em alguns aspectos, até dominada por influências demoníacas. Portanto, a cultura não é nem inteiramente boa nem inteiramente má; ela é um campo complexo que deve ser navegado com discernimento e sabedoria.

O desafio de cruzar fronteiras culturais é agravado quando nos tornamos etnocêntricos, acreditando que nossa própria cultura é superior ou que a mensagem do Evangelho só pode ser entendida dentro de nosso contexto cultural. Tal visão limitada não apenas desobedece ao mandato global da Grande Comissão, mas também diminui a riqueza e a diversidade do Reino de Deus.

Portanto, é imperativo que estejamos prontos e preparados para pregar o Evangelho além de nossas fronteiras culturais e geográficas. Isso requer um compromisso de aprender sobre outras culturas, de avaliá-las criticamente à luz das Escrituras e de adaptar nossa abordagem missionária de forma a ser culturalmente sensível, sem comprometer a verdade do Evangelho.

A questão cultural é um elemento inerente e complexo da obra missionária que não pode ser ignorado. Ela exige um equilíbrio delicado entre respeito e discernimento, entre abertura e fidelidade às Escrituras, desafiando-nos a ser verdadeiramente globais em nossa missão.

A Ordem de Fazer Discípulos em Todas as Nações

A Grande Comissão nos instrui a fazer discípulos em “todas as nações”, mas é crucial entender o que essa palavra realmente significa. O termo “nação” é traduzido do grego “ethnos”, que se refere mais a grupos étnicos do que a países politicamente definidos.

Uma etnia é um grupo de pessoas culturalmente definido, com sua própria língua e cultura. Segundo alguns missiólogos, existem aproximadamente 24.000 etnias no mundo, e quase metade delas ainda não foi evangelizada.

Este é um fato alarmante que deveria agitar nossos corações e mentes. Há milhões de pessoas que ainda não ouviram o Evangelho de Cristo. O apóstolo Paulo, consciente dessa realidade, expressou um clamor que permanece relevante para nós hoje: “Esforçando-me deste modo, por pregar o evangelho, não onde Cristo já foi anunciado” (Romanos 15:20 – NAA).

Este é um chamado para ir além de nossas fronteiras familiares e confortáveis, para alcançar aqueles que ainda não foram alcançados.

O desafio é ainda mais complexo quando consideramos que muitas dessas etnias estão inseridas em contextos culturalmente e religiosamente diversos. Isso nos obriga a sermos mais do que apenas evangelistas; devemos ser também aprendizes culturais, dispostos a entender profundamente as pessoas a quem estamos tentando alcançar.

Aqui, o perigo do etnocentrismo se torna evidente. Se nos aproximarmos dessas diversas etnias com uma mentalidade etnocêntrica, corremos o risco de impor nossa própria compreensão cultural do Evangelho, em vez de apresentar a mensagem de Cristo de uma forma que seja culturalmente relevante e bíblica.

A ordem de fazer discípulos em todas as nações é uma convocação para ir além de nossas próprias fronteiras culturais e étnicas.

É um chamado para sermos verdadeiramente globais em nosso alcance, sensíveis em nossa abordagem e fiéis em nossa proclamação do Evangelho. Este é um imperativo que não podemos ignorar se quisermos obedecer fielmente à Grande Comissão.

Leia também: Lição 4 – Quando a criatura vale mais que o Criador

A Eficácia e os Objetivos da Grande Comissão

Para que a Grande Comissão seja eficaz e alcance seus objetivos, é imperativo que seja executada por pessoas cheias do poder do Espírito Santo. Conforme as Escrituras nos ensinam em Lucas 24:49 e Atos 1:8, é o Espírito Santo que capacita os crentes para a obra missionária.

Ele é o agente divino que convence as pessoas do pecado (João 16:8), regenera o pecador (Tito 3:5) e habilita os homens a confessarem Jesus como Senhor (1 Coríntios 12:3).

Neste contexto, a Igreja é chamada a cumprir três objetivos fundamentais da Grande Comissão. O primeiro é proclamar o Evangelho tanto em palavras quanto em ações a toda criatura. Este é um chamado para sermos testemunhas holísticas, abordando tanto as necessidades espirituais quanto as físicas e sociais das pessoas a quem servimos.

O segundo objetivo é discipular os novos convertidos, ajudando-os a se tornarem fiéis seguidores de Cristo. O discipulado não é um evento isolado, mas um processo contínuo que envolve ensino, mentoria e acompanhamento.

É aqui que a Igreja deve investir tempo e recursos, assegurando que os novos crentes sejam fundamentados na fé e cresçam em maturidade espiritual.

O terceiro e último objetivo é integrar esses novos convertidos espiritual e socialmente na igreja local. Este é um aspecto frequentemente negligenciado, mas crucial para o crescimento sustentável da Igreja.

A integração envolve mais do que apenas a inclusão em atividades da igreja; trata-se de um investimento na vida espiritual dos novos membros, para que cresçam na graça e no conhecimento através da ação do Espírito Santo, e desfrutem da comunhão dos santos.

A eficácia da Grande Comissão depende de uma execução que seja embasada e capacitada pelo Espírito Santo. Ela também requer um compromisso da Igreja em cumprir seus objetivos múltiplos e interconectados, que vão desde a proclamação do Evangelho até a integração e o discipulado dos novos convertidos.

Missões Transculturais

Nesta próxima seção, exploraremos o conceito de Missões Transculturais, um aspecto vital da Grande Comissão que nos desafia a levar o Evangelho além das barreiras culturais e étnicas, abraçando a diversidade do Reino de Deus.

Conceito de Missões Transculturais

O termo “Missões Transculturais” é derivado do prefixo latino “trans”, que significa “movimento para além de” ou “através de”. Este conceito nos desafia a ir além das fronteiras de nossa própria cultura para levar a mensagem do Evangelho a outras culturas.

Em essência, Missões Transculturais envolvem a transposição de uma cultura para comunicar eficazmente a mensagem do Evangelho em outra.

Este é um aspecto crucial da Grande Comissão que muitas vezes é negligenciado. A mensagem do Evangelho não é propriedade de uma única cultura ou grupo étnico; ela é universal e deve ser proclamada em todos os quadrantes da Terra.

Isso significa que temos a responsabilidade de alcançar cada etnia que ainda não tenha ouvido as Boas-Novas, independentemente de quão distante ou diferente essa cultura possa ser da nossa.

O desafio de Missões Transculturais é duplo. Primeiro, requer uma compreensão profunda e respeitosa da cultura à qual estamos levando o Evangelho.

Isso significa aprender a língua, entender os costumes e reconhecer os valores dessa cultura. Segundo, exige que apresentemos o Evangelho de uma forma que seja tanto culturalmente relevante quanto biblicamente fiel.

Este é um equilíbrio delicado que só pode ser alcançado através de oração, estudo e, mais importante, a orientação do Espírito Santo.

A necessidade de Missões Transculturais é ainda mais urgente quando consideramos as estatísticas. Com milhares de grupos étnicos ainda não alcançados, a tarefa de evangelizar o mundo é monumental.

No entanto, é uma tarefa que não podemos ignorar, especialmente se considerarmos o imperativo bíblico e o chamado de Cristo para fazer discípulos de todas as nações.

Em resumo, Missões Transculturais são uma extensão natural e necessária da Grande Comissão, chamando-nos para ir além de nossas próprias fronteiras culturais e etnocêntricas. Elas nos desafiam a ser verdadeiramente globais em nosso alcance e a abraçar a diversidade do Reino de Deus em nossa proclamação do Evangelho.

Visão Transcultural da Bíblia

A Bíblia Sagrada é o padrão definitivo quando se trata de Missões Transculturais. Desde o Antigo Testamento, vemos a revelação de um Deus que é intrinsecamente missionário. Ele não se limita a interagir apenas com um grupo étnico ou nação; pelo contrário, em várias ocasiões, Deus se dirige a toda a humanidade.

Exemplos notáveis incluem Gênesis 3:15, onde a promessa do Messias é dada; Gênesis 6:11-14, que descreve o dilúvio como um julgamento sobre toda a humanidade; e Gênesis 12:3, onde Deus promete a Abraão que todas as famílias da Terra seriam abençoadas através dele.

Esta visão transcultural da missão de Deus é continuada e ampliada no Novo Testamento. A Igreja é estabelecida como a agência executiva de missões de Deus na Terra. Não há outra instituição que Deus tenha escolhido para essa tarefa monumental, independentemente de seu poder financeiro ou influência social.

Deus escolheu Sua Igreja para ser o meio pelo qual Seu Reino seria expandido para todas as nações, como evidenciado em várias passagens dos Atos dos Apóstolos (Atos 9:15; 16:5; 22:14,15,21; 26:16-18).

É importante notar que a missão da Igreja não é uma opção; é um mandato divino. A Igreja é chamada não apenas para ser um reflexo do amor e da graça de Deus em sua própria comunidade, mas também para ser um instrumento de Deus para a reconciliação e a redenção em todo o mundo.

Isso envolve ir além das barreiras culturais e etnocêntricas, para alcançar pessoas de todas as línguas, tribos e nações.

A visão transcultural da Bíblia nos desafia a repensar e expandir nossa compreensão da missão de Deus. Ela nos lembra que Deus é o Deus de toda a humanidade e que Sua salvação é oferecida a todos, independentemente de sua origem étnica ou cultural.

Este é um chamado para a Igreja ser verdadeiramente católica em seu alcance, refletindo a universalidade do amor e da graça de Deus.

A visão transcultural da Bíblia é um pilar fundamental para a compreensão e prática de Missões Transculturais. Ela nos oferece um modelo bíblico robusto que vai além de qualquer limitação cultural, chamando-nos a ser participantes ativos na missão redentora de Deus para toda a humanidade.

Barreiras nas Missões Transculturais

As Missões Transculturais enfrentam uma série de barreiras que podem dificultar a eficácia da evangelização. Essas barreiras são multifacetadas e exigem uma abordagem cuidadosa e bem planejada. Entre elas, podemos citar:

a) Barreiras Geográficas: O acesso a novas nações e culturas pode ser limitado por distâncias físicas, fronteiras políticas e outros obstáculos geográficos.

b) Barreiras Culturais: Diferenças em valores de vida, costumes e hábitos podem criar mal-entendidos e resistência à mensagem do Evangelho.

c) Barreiras Econômicas: Diferenças de moeda e sistemas de comércio podem complicar os esforços missionários, especialmente quando se trata de sustentar missões a longo prazo.

d) Barreiras Linguísticas: A diversidade de línguas nativas pode ser um obstáculo significativo para a comunicação eficaz do Evangelho.

e) Barreiras Religiosas: A presença de outras religiões e filosofias de vida, como o islamismo, ateísmo, materialismo e secularismo, pode criar resistência à aceitação do Evangelho.

É importante notar que essas barreiras não são novas; os apóstolos enfrentaram desafios semelhantes em suas próprias missões. No entanto, eles foram capazes de superar essas barreiras através do poder do Espírito Santo. O mesmo Espírito que capacitou o Evangelho a sair de Jerusalém e alcançar os “confins da Terra” está presente e ativo na Igreja hoje.

Este é um lembrete encorajador de que, apesar das barreiras que enfrentamos, temos o recurso mais poderoso à nossa disposição: o Espírito Santo. É Ele quem nos capacita a superar essas barreiras, confirmar nossa missão e proclamar o Evangelho a todas as nações, tribos e línguas.

Enquanto as barreiras nas Missões Transculturais são reais e desafiadoras, elas não são intransponíveis. Com preparação cuidadosa, sensibilidade cultural e, acima de tudo, dependência do Espírito Santo, a Igreja pode cumprir sua missão divina de levar o Evangelho a todos os cantos da Terra.

Visão Global do Evangelho no Mundo

Nesta seção final, voltaremos nossa atenção para a Visão Global do Evangelho no Mundo, explorando como a mensagem transformadora de Cristo está sendo recebida e disseminada em diferentes contextos culturais e geográficos.

Evangelização e Discipulado

O mandato da Grande Comissão em Mateus 28:18-20 coloca uma forte ênfase em “fazer discípulos”. Este é um processo que vai além de um simples ato de conversão; é uma jornada que envolve um relacionamento profundo entre o mestre e o discípulo.

Fazer discípulos, conforme delineado nas Escrituras, é uma tarefa que demanda tempo e investimento significativo. Jesus Cristo, nosso modelo supremo, passou pelo menos três anos moldando o caráter e a compreensão de Seus discípulos.

Por outro lado, em Marcos 16:15-20, a ênfase recai sobre a “proclamação” e o “anúncio” do Evangelho. Este aspecto da missão envolve a proclamação pública da mensagem de salvação, muitas vezes em contextos onde a mensagem de Cristo ainda não foi ouvida. É um chamado para sermos ousados e proativos na disseminação das Boas-Novas, aproveitando todas as oportunidades para compartilhar a mensagem de Cristo.

É crucial entender que evangelização e discipulado não são mutuamente exclusivos; eles são, de fato, duas faces da mesma moeda. A evangelização é o ponto de partida, o primeiro passo na jornada de fé de um indivíduo. No entanto, é apenas o começo.

Uma vez que a semente do Evangelho é plantada, o processo de discipulado assume, ajudando o novo crente a crescer em sua fé, entender as Escrituras e aplicar os princípios do Reino de Deus em sua vida diária.

Este equilíbrio entre evangelização e discipulado é fundamental para uma visão global do Evangelho no mundo. Ele nos permite não apenas alcançar novas pessoas para Cristo, mas também garantir que esses novos crentes se tornem seguidores maduros e comprometidos de Jesus.

Este é o modelo que vemos nas ações e ensinamentos dos apóstolos, e é o modelo que devemos emular em nossos próprios esforços missionários.

Em resumo, a tarefa de levar uma Visão Global do Evangelho ao mundo envolve tanto a evangelização quanto o discipulado. Ambos são componentes críticos da missão da Igreja e, quando realizados em harmonia, têm o poder de transformar vidas e comunidades de uma maneira que honra a Deus e expande Seu Reino.

Arrependimento e Capacitação do Espírito

Na Missão Transcultural, dois elementos são fundamentais: o apelo ao arrependimento e a capacitação do Espírito Santo. Em Lucas 24:46-49, Jesus deixa claro que a mensagem do Evangelho deve incluir um chamado ao arrependimento para o perdão dos pecados.

Este é um elemento crucial da mensagem cristã que não pode ser negligenciado, independentemente do contexto cultural em que a mensagem é proclamada.

O apelo ao arrependimento não é uma mensagem isolada; ele é parte integrante da autoridade de Jesus Cristo. Somos chamados a ser “Suas testemunhas”, conforme destacado em Atos 1:8.

Esta testemunha deve ser tanto local como global, “tanto em Jerusalém como em toda a Judeia e Samaria e até aos confins da terra”. É um mandato que nos leva além de nossas zonas de conforto, desafiando-nos a levar o Evangelho a todas as pessoas, em todos os lugares.

A capacitação do Espírito Santo é o que torna possível cumprir este mandato. Sem o poder e a orientação do Espírito, nossos esforços seriam em vão.

É o Espírito Santo que convence as pessoas do pecado e as leva ao arrependimento (João 16:8). É também o Espírito que nos dá a coragem, as palavras e a sabedoria para sermos eficazes em nossa testemunha (Atos 1:8).

Este é um modelo que vemos repetidamente em Atos dos Apóstolos. Os discípulos, cheios do Espírito Santo, proclamam a mensagem de Jesus com ousadia e clareza, chamando as pessoas ao arrependimento e à fé no Evangelho (Marcos 1:15).

Eles não confiam em sua própria força ou sabedoria, mas dependem totalmente da capacitação do Espírito.

Em resumo, o apelo ao arrependimento e a capacitação do Espírito Santo são elementos inseparáveis na Missão Transcultural. Eles formam a base sobre a qual a mensagem do Evangelho é proclamada, permitindo que a Igreja seja eficaz em sua missão de levar uma Visão Global do Evangelho ao mundo.

Este é o padrão bíblico que devemos seguir, confiando que o mesmo Espírito que capacitou os apóstolos está conosco hoje, habilitando-nos a cumprir a Grande Comissão.

Conclusão

O desafio de Missões Transculturais é monumental, mas é também uma oportunidade única para a Igreja de Deus manifestar o amor e a graça de Cristo a um mundo sedento. Somos chamados a sair “de Jerusalém”, nossa zona de conforto cultural e geográfica, com a visão de alcançar os “confins da Terra”. Este é um mandato que vai além de simplesmente compartilhar uma mensagem; é um chamado para transformar vidas e comunidades através do poder do Evangelho.

Deus conta com cada crente que está comprometido com a causa do Seu Reino. Não é uma tarefa para alguns escolhidos, mas um imperativo para todo o Corpo de Cristo. Cada um de nós deve se perguntar: “O que estou fazendo para que a ‘água da vida’ alcance aqueles que estão sedentos por vida eterna ao redor do mundo?”

O mundo está cheio de pessoas que ainda não ouviram as Boas-Novas de salvação. Eles dependem do nosso envio, da nossa obediência ao mandato de Cristo, para terem a oportunidade de ouvir o Evangelho e responder em fé. Este é um peso e uma responsabilidade que devemos levar a sério.

Em resumo, a tarefa de Missões Transculturais é tanto um privilégio quanto uma responsabilidade. É um privilégio porque nos dá a oportunidade de ser as mãos e os pés de Cristo em um mundo quebrado. É uma responsabilidade porque vidas eternas estão em jogo. Equipados com a mensagem do Evangelho e capacitados pelo Espírito Santo, temos tudo o que precisamos para cumprir esta missão divina.

Que esta lição sirva como um chamado à ação para cada um de nós, incentivando-nos a sermos fiéis na proclamação do Evangelho e diligentes no discipulado, para que o nome de Cristo seja glorificado em todas as nações.

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