Em um confronto direto de ideologias e crenças, o renomado líder da Assembleia de Deus Vitória em Cristo, pastor Silas Malafaia, respondeu com fervor a comentários feitos pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Durante um encontro ministerial, Lula fez observações que provocaram Malafaia, um dos mais vocalizadores críticos do presidente e suas políticas.
De maneira inesperada, Malafaia encontrou um ponto de concordância com Lula, apesar de anos de desacordo explícito. O pastor afirmou, com um tom de ironia, que se surpreendeu por admitir que compartilha uma observação com Lula: a divergência fundamental sobre a natureza de suas crenças espirituais.
Contrariamente ao que esperava, me vejo concordando com uma declaração de Lula, uma raridade dadas as longas décadas de opiniões divergentes. Sim, ele acertou ao dizer que não adoramos o mesmo Deus. Vou elucidar a distinção entre a divindade que eu venero e a entidade que ele escolheu seguir,
Declarou Malafaia, enfatizando a distância espiritual entre suas visões e as do presidente.
Malafaia, com fervor, delineou as bases de sua fé, destacando a intransigente oposição ao aborto e à homossexualidade, princípios que, segundo ele, contrastam fortemente com os valores atribuídos à figura divina referenciada por Lula.
O pastor invocou passagens bíblicas para ilustrar sua crença de que a verdadeira essência divina repudia a mentira e o engano, qualidades que ele sugere serem associadas ao “deus” de Lula, usando referências a textos sagrados que descrevem o diabo como o progenitor da falsidade.
Meu compromisso está com uma entidade divina que abomina as falsidades e celebra a verdade. Lula, ao contrário, parece aliar-se a um ‘deus’ cuja essência reside na enganação, conforme descrito em revelações sagradas. Ele é vinculado à figura do enganador, um ser que desde o princípio escolheu o caminho da falsidade e da corrupção moral,
Afirmou Malafaia, delineando um abismo teológico entre si e o presidente.
Além de suas críticas diretas a Lula, Malafaia é conhecido por sua atuação ativa nas esferas política e social, frequentemente expressando suas visões conservadoras, particularmente contra o que considera ser a “ideologia de gênero“.
Sua influência se estendeu ao apoio de movimentos e manifestações em favor do ex-presidente Jair Bolsonaro, incluindo um evento notável na Avenida Paulista, em São Paulo, onde o pastor contribuiu com um trio elétrico, marcando sua posição não apenas como líder religioso, mas como figura política atuante.
Esse episódio ilustra não apenas uma colisão de crenças religiosas, mas também a contínua tensão entre diferentes visões de mundo na política brasileira, evidenciando como questões de fé e convicção espiritual se entrelaçam com os debates nacionais.
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