Lição 6 – Orando, contribuindo e fazendo missões

Lição 6 – Orando, contribuindo e fazendo missões

“Muitos são chamados, mas poucos escolhidos” (Mateus 22:14). Esta é uma afirmação incontornável quando nos debruçamos sobre o papel vital da Igreja na evangelização. A missão divina confiada à Igreja não é apenas uma responsabilidade, mas uma vocação imperativa que requer nossa dedicação em múltiplas frentes. Contribuindo para esta vocação estão três pilares fundamentais que orientam nossa ação missionária: a oração, a contribuição financeira e moral, e o exercício direto do chamado evangelístico.

Portanto, este texto tem como objetivo abordar, de forma abrangente e profunda, essas três vertentes que constituem o tripé da evangelização.

Primeiramente, a oração é mais do que um ato religioso; ela é a linha de comunicação direta com Deus. É através da oração que buscamos orientação, força e sabedoria para prosseguir na missão.

Orar pelo sucesso dos esforços missionários não é apenas recomendável; é indispensável. A oração prepara o terreno para que a semente do Evangelho possa ser plantada e florescer.

Em segundo lugar, contribuir é uma ação que vai além do ato de dar dinheiro. Contribuir envolve também tempo, talentos e recursos, os quais podem ser tão impactantes quanto uma doação financeira. Ao contribuir, nos tornamos co-participantes na obra divina, estendendo a mão para aqueles que estão sedentos pela Palavra.

Finalmente, o terceiro pilar é o exercício do chamado para evangelizar. Isso implica em ir além dos limites confortáveis de nossa comunidade e cruzar fronteiras, tanto físicas quanto metafóricas, para levar a mensagem de Cristo. Não é apenas uma questão de obedecer a uma ordem; é uma necessidade incutida em nosso ser espiritual.

Cada um desses pilares é fundamental para o sucesso da missão evangelizadora da Igreja. A oração nos conecta com Deus e nos prepara para a ação; contribuir nos permite participar ativamente no Reino, e o exercício do chamado é a manifestação prática de nossa fé.

Estes não são apenas elementos isolados, mas partes de um todo coeso que cumpre o mandamento divino de “ir e fazer discípulos”.

Orando pela Causa de Missões

Se a evangelização é o coração da missão da Igreja, então a oração é o pulso que mantém esse coração vivo e eficaz. Neste subtopico, vamos explorar como a oração não é apenas um ato preliminar, mas uma componente intrínseca e contínua que capacita, sustenta e dirige toda a atividade missionária.

Através da oração, cada cristão pode desempenhar um papel crucial, contribuindo para o sucesso da expansão do Reino de Deus na Terra.

A Importância da Oração na Obra Missionária

O apóstolo Paulo, uma figura monumental na história do Cristianismo, nunca subestimou o poder da oração em sua jornada missionária. Mesmo com sua fé inabalável e convicção profunda, Paulo reconhecia que a oração era uma disciplina espiritual indispensável para o sucesso da missão (Efésios 6:18-20).

Assim, é inimaginável conceber uma empreitada missionária eficaz sem a presença de indivíduos dedicados à disciplina da oração. Contribuindo para a causa missionária, a oração atua em pelo menos duas vertentes significativas.

Em primeiro lugar, a oração é um meio de orientação divina. Quando buscamos Deus em oração, somos guiados pelo Espírito Santo em nossas ações e decisões. Esta orientação é crucial para evitar obstáculos e abrir portas que somente a providência divina poderia revelar. Não é apenas uma questão de pedir, mas também de ouvir e discernir a vontade de Deus para a missão.

Em segundo lugar, a oração é uma forma de intercessão. Estamos não apenas orando por nossas próprias necessidades, mas intercedendo por aqueles envolvidos na obra missionária — seja através de proteção espiritual, seja através da preparação dos corações daqueles que receberão a Palavra.

A intercessão é um ato de amor e empatia que amplia o alcance da missão, contribuindo para o fortalecimento espiritual e físico de todos os envolvidos.

Ao considerar essas duas finalidades, fica evidente que a oração é mais do que um ato isolado; ela é uma prática integrada e vital para a obra missionária. Assim como Paulo, devemos adotar a oração como um elemento indispensável em nossa jornada de fé, reconhecendo sua influência transformadora e capacitadora.

Interceder na Oração

A intercessão é uma dimensão da oração que transcende a individualidade e se concentra no bem-estar coletivo e no avanço do Reino de Deus. Ao orar, é imperativo interceder para que as portas se abram para o Evangelho, tal como enfatizado por Paulo em Colossenses 4:2-3.

Esse ato de intercessão vai muito além da oração por aberturas físicas ou geográficas; envolve também a preparação dos corações que receberão a mensagem salvadora de Cristo.

Em consonância com Efésios 6:19, nossa intercessão deve estender-se aos missionários, para que sejam dotados de ousadia e convicção ao testemunhar e pregar. Contribuindo para a difusão da Palavra de Deus, como mencionado em 2 Tessalonicenses 3:1, nossas orações funcionam como um escudo protetor e uma fonte de energia para os servos de Deus no campo missionário.

Não podemos negligenciar a importância da intercessão pela proteção e segurança dos missionários, especialmente considerando os riscos e desafios inerentes à tarefa (1 Tessalonicenses 3:2). O mesmo vale para orações que buscam assegurar a aceitação do ministério pelos povos aos quais a mensagem é destinada, conforme destaca Romanos 15:31.

Além disso, devemos orar para que os missionários recebam contínuas orientações divinas e encontrem alívio e refrigério nas suas vidas, tanto física quanto emocional e espiritualmente (Romanos 15:32).

A intercessão é um pilar vital da oração na obra missionária. Contribuindo para a segurança, direção e eficácia dos esforços evangelísticos, a prática da intercessão reflete o amor de Cristo e cumpre o mandato divino de apoio mútuo na expansão do Evangelho.

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Despertar a Igreja Local para a Obra Missionária

A oração tem um papel catalisador no despertamento da consciência missionária dentro da igreja local. Quando os crentes se engajam na disciplina da oração focada em missões, ocorre frequentemente uma transformação interna que os motiva a participar mais ativamente na obra evangelística.

Esse fenômeno é claramente ilustrado no Novo Testamento, onde vemos que os discípulos que Jesus instruiu a orar por mais trabalhadores para a colheita em Mateus 9:35-38 são os mesmos que Ele posteriormente enviou para o campo em Mateus 10.

Contribuindo com essa visão, um notável líder de missões uma vez proclamou: “Se mais crentes se pusessem de joelhos em oração, mais crentes se poriam em pé na evangelização.” Este aforismo capta a essência da relação simbiótica entre a oração e a ação missionária.

A oração não é uma atividade isolada, mas sim parte de um ciclo contínuo de inspiração e ação que alimenta o desejo dos crentes de seguir o chamado de Cristo para “ir e fazer discípulos de todas as nações” (Mateus 28:19).

Ao fazer da oração missionária uma prática regular e dedicada, a igreja local não apenas sustenta os esforços em campos distantes, mas também fomenta um ambiente onde os membros são encorajados e preparados para responder ao chamado missionário, seja em suas comunidades locais ou em terras estrangeiras.

Este despertamento é vital para que a igreja funcione como um corpo coeso e eficaz, alinhado com a vontade de Deus e ativamente contribuindo para a expansão do Reino.

Contribuindo para Missões

Além da oração, outro pilar essencial para a promoção da obra missionária é a contribuição material e financeira. Contribuindo com recursos tangíveis, a igreja local se torna uma força motriz que capacita os missionários a alcançar os campos mais distantes e realizar o mandato de Cristo de evangelizar todas as nações.

Este ato não apenas obedece às Escrituras, mas também reforça a coesão e o compromisso da comunidade cristã em cumprir sua missão divina.

O Sustento dos Missionários

As escrituras sagradas são repletas de orientações sobre o sustento daqueles que são chamados para o ministério. No Antigo Testamento, Deus ordenou que os sacerdotes e levitas fossem mantidos por meio das ofertas das pessoas, conforme detalhado em Levítico 7:28-36 e Números 18:8-21.

Essa mesma diretriz é corroborada no Novo Testamento. Em sua carta aos coríntios, o apóstolo Paulo reitera que aqueles que pregam o evangelho devem viver do evangelho (1 Coríntios 9:14). Esse princípio também é respaldado pelas palavras de Jesus em Mateus 10:10.

Contribuindo para o sustento dos missionários, a igreja não apenas obedece a um mandamento divino, mas também investe na propagação do Reino de Deus. O caso de Filipenses 4:10-20 é instrutivo a este respeito.

Depois de deixar Filipos, Paulo viajou para Tessalônica para continuar seu trabalho evangelístico. Fiel à sua missão, a igreja de Filipos enviou apoio financeiro e material para ajudá-lo (Filipenses 4:16).

Este ato de generosidade não foi apenas um gesto isolado, mas uma prática constante que sustentava o ministério apostólico.

O envolvimento financeiro da igreja no apoio aos missionários não deve ser visto como um ato meramente transacional, mas como uma expressão palpável da comunhão e do compromisso mútuo para com a causa do Evangelho.

Contribuindo desta forma, a igreja valida e viabiliza a obra missionária, garantindo que os chamados a pregar possam fazê-lo com a devida provisão e segurança.

Contribuir para Missões é Juntar Tesouros no Céu

No Evangelho de Mateus 6:20, Jesus nos exorta a ajuntar tesouros no céu, onde a degradação material não tem poder e onde o valor é eterno. Essa instrução apresenta um desafio explícito ao que frequentemente domina os corações humanos: a atração pelos tesouros terrenos, simbolizados por Mamom.

Contribuindo para a obra missionária, não estamos apenas enviando recursos para terras distantes; estamos investindo em uma economia celestial. Esta não é uma perspectiva utópica, mas uma realidade tangível que ecoa na eternidade.

Semelhante ao caso da igreja em Filipos, que foi parceira do ministério de Paulo desde o primeiro dia (Filipenses 1:5), somos chamados a uma forma de comunhão que vai além da mera presença física ou da identificação espiritual.

Contribuir para a propagação do Evangelho é uma maneira prática e imediata de acumular “tesouros no céu”. É uma demonstração de que nossos corações estão verdadeiramente alinhados com os valores do Reino de Deus.

Cada ato de contribuição financeira para a causa missionária resulta em transformações profundas. Pessoas são alcançadas, vidas são mudadas, e comunidades inteiras são afetadas pelo poder redentor do Evangelho.

Contribuindo, tornamo-nos coautores dessa história divina, participando de uma herança que não é apenas para nós, mas também para as futuras gerações e para a eternidade. Não é meramente um ato de caridade, mas uma forma de adoração e obediência a Deus, que traz consigo recompensas eternas.

E com esse entendimento, somos capazes de reavaliar nossas prioridades e reorientar nossos recursos de acordo com a visão do Reino de Deus.

Ao fazer isso, não estamos apenas obedecendo a um mandamento divino, mas também demonstrando uma fé viva e um amor ativo por aqueles que ainda não conhecem o Salvador.

Contribuir para Missões é um Privilégio Espiritual

Em um mundo onde frequentemente medimos privilégios através de métricas materiais ou sociais, a oportunidade de contribuir para a causa missionária nos oferece um tipo de privilégio diferente e imensuravelmente mais valioso: um privilégio espiritual.

Filipenses 4:14-20 ilustra como os filipenses encontraram alegria e significado ao participar financeiramente no ministério de Paulo.

De forma semelhante, quando contribuímos para missões, tornamo-nos parte de um movimento divino que transcende fronteiras geográficas, diferenças culturais e barreiras linguísticas.

Ao contribuir, estamos essencialmente patrocinando a viagem do Evangelho a terras distantes. Imagine a alegria e a satisfação de saber que, devido à sua contribuição, Bíblias estão sendo distribuídas em regiões remotas da África, da Europa, e em outros lugares onde a luz do Evangelho ainda não penetrou.

Este é um privilégio que excede qualquer benefício terreno. É a prática da caridade em seu sentido mais puro e elevado, um ato de amor que repercute na eternidade.

E este privilégio não é exclusivo para aqueles que podem se envolver pessoalmente nos campos missionários. Se limitações de tempo, saúde ou circunstância impedem uma participação presencial, a contribuição financeira serve como um meio igualmente válido e crucial para cumprir a Grande Comissão.

Contribuindo financeiramente, somos todos capacitados a fazer parte desse esforço coletivo para levar a Boa Nova a “toda a criatura.”

Ao abraçar esse privilégio, adotamos uma postura de gratidão e humildade. Reconhecemos que nossos recursos financeiros, por mais escassos ou abundantes que sejam, são dons de Deus destinados a serem usados para o Seu propósito glorioso.

Com essa perspectiva, a contribuição deixa de ser um dever ou uma obrigação e se torna uma resposta jubilosa ao amor e à graça que já recebemos em Cristo Jesus.

A Chamada Para Ir

Assim como a oração e a contribuição financeira são pilares fundamentais na obra missionária, o ato de “ir” representa a manifestação prática e física do amor de Cristo ao mundo.

Afinal, a Grande Comissão não é apenas um chamado para propagar o Evangelho por meio de palavras e recursos, mas também através de nossa presença e ações no mundo.

Este subtema abordará as diversas facetas da chamada para ir, destacando a importância de responder a esse mandamento divino com fé, coragem e diligência.

A Universalidade da Chamada Divina

Deus, em Sua infinita sabedoria e amor, não se limita a um tipo específico de pessoa quando busca instrumentos para a Sua obra.

Ele deseja usar a variedade de dons, talentos e contextos que existem dentro de Sua igreja. O chamado para ir é um chamado universal, estendido a cada crente, independentemente de sua posição social, formação ou habilidades.

Nesse sentido, a obra missionária não é um privilégio reservado a poucos “escolhidos”, mas uma responsabilidade que recai sobre todo o Corpo de Cristo.

Este chamado é amplo e diversificado, abrangendo diferentes contextos e grupos sociais — desde os estudantes e profissionais liberais até aqueles que vivem nas margens da sociedade, como dependentes químicos e pessoas em situação de vulnerabilidade social.

Deus não apenas pode, mas quer usar a Sua igreja em diversos espaços: hospitais, prisões, aldeias indígenas e áreas urbanas.

A palavra de Deus nos revela que anjos são seres enviados para servir aqueles que herdarão a salvação (Hebreus 1:14), mas não são eles que Deus envia para pregar o Evangelho. É um engano pensar que a tarefa da evangelização possa ser deixada para seres celestiais ou para uma elite espiritual.

A escritura é clara em afirmar que Deus utiliza homens e mulheres para esta obra (Hebreus 2:16; 1 Pedro 1:12).

Porém, é importante reconhecer que a obediência à chamada missionária vem com seus desafios. Assim como o próprio Cristo fez sacrifícios para cumprir a vontade de Deus, aqueles que atendem ao chamado para “ir” devem estar preparados para enfrentar dificuldades, mas também para receber as incontáveis recompensas espirituais que advêm de uma vida em missão.

Diversidade nas Formas de Chamado

As Escrituras nos mostram que Deus, em Sua infinita sabedoria e diversidade, chama pessoas em diferentes momentos e contextos para a obra missionária.

Desde profetas do Antigo Testamento como Isaías, chamado em um momento de adoração no Templo, a Jeremias, cuja vocação foi estabelecida antes mesmo de seu nascimento, vemos que não há um único “molde” para a chamada missionária.

No Novo Testamento, esta diversidade se mantém. Por exemplo, Jesus chamou seus discípulos em meio às suas atividades profissionais, enquanto pescavam ou coletavam impostos.

O apóstolo Paulo, por sua vez, teve um encontro transformador com Cristo enquanto se dirigia a Damasco, com o intuito de perseguir os cristãos.

Cada chamado é único, mas todos têm uma origem comum: Deus. É Ele quem convoca, capacita e envia. Mesmo que as circunstâncias e os métodos de chamada possam variar, a fonte é sempre a mesma.

Reconhecer esta chamada é crucial, pois ela é a autorização divina para agir em nome do Reino de Deus. Este reconhecimento traz uma profunda sensação de propósito e direção, fundamentais para qualquer serviço eficaz em missões.

É a partir deste chamado que os cristãos, equipados e sustentados pela graça divina, podem atuar de forma impactante em diversos contextos e culturas.

Portanto, a diversidade nas formas de chamado demonstra a amplitude do coração de Deus e Sua capacidade de usar pessoas de todas as idades, de todas as classes sociais e de todos os contextos culturais para Sua obra.

Esta variedade não é uma fraqueza, mas uma força, permitindo que o Evangelho seja levado a todos os cantos da terra.

O Imperativo do Caráter e Testemunho na Missão

A chamada para missões é inextricavelmente ligada à natureza do caráter e testemunho cristãos, conforme ilustrado no Sermão da Montanha de Jesus (Mateus 5:13-16).

A primeira imagem utilizada por Jesus é a do “sal da terra”. Esta metáfora aponta para o caráter do cristão como um elemento indispensável que deve “temperar” o mundo ao seu redor. O sal tem diversas funções, entre elas conservar e dar sabor.

Analogamente, o cristão é chamado a conservar os valores divinos e a dar ‘sabor’ à vida das pessoas ao seu redor, refletindo o caráter de Cristo em ações e atitudes.

Em seguida, Jesus usa a imagem da “luz do mundo”. Esta frase aponta para o aspecto do testemunho cristão. A luz tem a função de dissipar as trevas e proporcionar clareza.

Da mesma forma, o testemunho cristão deve brilhar nas trevas do mundo, oferecendo uma alternativa de esperança, amor e graça. Este brilho deve ser visível não apenas em palavras, mas através de ações concretas que refletem o caráter de Deus.

Esses dois elementos, caráter e testemunho, são fundamentais para a eficácia da obra missionária. Não basta apenas proclamar a mensagem do Evangelho; é preciso viver de acordo com essa mensagem.

Isso inclui ter um caráter íntegro e um testemunho coerente que não só atraem as pessoas para Cristo, mas também as encorajam a seguir o exemplo cristão.

Dessa forma, o caráter e o testemunho do missionário são elementos vitais que complementam a chamada divina. Estes não são apenas complementares à missão, mas essenciais para o seu sucesso, tornando tangível o amor de Deus e estabelecendo uma ponte credível para a comunicação do Evangelho.

O Perfil Ideal do Vocacionado à Missão

É imperativo que o vocacionado à missão atenda a um conjunto específico de competências e qualificações para executar de maneira eficiente o chamado missionário. A seleção desses critérios não é arbitrária, mas fundamentada em princípios bíblicos e teológicos que esboçam o perfil ideal do servo em missões.

a) Escolhido por Deus: O chamado à missão é, antes de tudo, um chamado divino. É Deus quem capacita e comissiona o missionário para a obra (Atos 9:15).

b) Maturidade Espiritual: O apóstolo Paulo aconselha que neófitos não sejam colocados em posições de liderança (1 Timóteo 3:6), o que é particularmente importante na missão, onde as pressões e desafios são constantes.

c) Cheio do Espírito Santo: A presença e a orientação do Espírito Santo são fundamentais para a eficácia da missão (Atos 1:8). A força e a sabedoria divinas são indispensáveis para enfrentar os desafios do campo missionário.

d) Reconhecido pela Igreja: A validação da comunidade de fé é um aspecto crucial da vocação missionária (Atos 1:21). A igreja funciona como um corpo que confirma o chamado e envia o missionário.

e) Aprovado em Tarefas Locais: O vocacionado deve ter um histórico de serviço fiel em sua comunidade local. Isso atesta não apenas sua habilidade, mas também sua disposição para servir no reino de Deus.

f) Preparação Integral: Além da preparação espiritual, o missionário deve estar preparado intelectualmente, psicologicamente e transculturalmente para lidar com as complexidades do campo missionário.

g) Dependência de Deus e Perseverança: Confiar em Deus é crucial, especialmente diante dos desafios e obstáculos que inevitavelmente surgirão (2 Coríntios 12:7). A perseverança no ministério é outro fator crucial para a sustentação do chamado (2 Timóteo 4:2).

O perfil do vocacionado para missões é multifacetado e abrangente, exigindo uma combinação de elementos espirituais, emocionais, intelectuais e sociais.

Esses fatores juntos não apenas qualificam o missionário para a tarefa, mas também o tornam um instrumento eficaz nas mãos de Deus para a expansão do Seu reino.

Conclusão

Nesta lição, procuramos elucidar os múltiplos aspectos da obra missionária, enfatizando sua fundamentação bíblica e teológica, bem como a importância da contribuição e do envolvimento pessoal.

Cada um desses aspectos converge para um único e sagrado objetivo: a expansão do Reino de Deus e a salvação das almas. Portanto, fica o convite à ação e ao comprometimento.

Seja na forma de orações fervorosas, de contribuições financeiras ou materiais, ou na corajosa decisão de atender ao chamado divino para ir, cada cristão tem um papel crucial a desempenhar nesta missão.

Ao considerar estes diferentes aspectos da obra missionária, torna-se evidente que não há tarefa mais nobre e gratificante do que ser um instrumento nas mãos de Deus para levar as Boas-Novas de salvação ao mundo.

Cada modalidade de participação missionária—oração, contribuição e ação direta—não é um fim em si mesma, mas um meio através do qual Deus executa Seus divinos propósitos.

Assim, urge que cada um de nós, como parte do Corpo de Cristo, assuma com seriedade e convicção o seu papel nessa missão divina.

Que cada aluno desta lição seja impulsionado por uma atitude de fé e um compromisso inabalável com esta obra transcendente, pois é tempo de salvação e Deus conta conosco para fazer Sua vontade conhecida em toda a terra.

Fonte: Lições Bíblicas Adultos Professor 4º Tr. 2023 (CPAD)

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