Amizade, essa palavra descreve um dos tesouros mais valorosos que podemos ter ao longo de nossa existência. Nesta aula, focaremos na conexão afetiva que Jesus estabeleceu com a família formada por Marta, Maria e Lázaro.
Esta família foi agraciada com a presença do Mestre em seu lá, o que gerou benefícios espirituais incríveis em seu dia a dia.
A vivência dessa família com Jesus é um relato fascinante que nos oferta lições valiosas sobre como cultivar uma santa amizade com o Senhor.
O que você vai aprender nesse post:
Jesus foi um ser social
Jesus, como um indivíduo humano, cresceu em Nazaré, na casa de seus pais, onde teve a oportunidade de estabelecer relações pessoais assim como qualquer um de nós. Como primogênito e sendo obediente a seus pais, Ele seguiu os passos de José, aprendendo o ofício de carpinteiro.
Em seu círculo social, Jesus interagia tanto com membros de sua própria família quanto com pessoas de fora, construindo assim, um forte laço de amizade.
Depois de deixar o lar materno, Ele dedicou-se à missão que o Pai Celestial lhe havia confiado. Durante esse período, Ele viajou por toda a Palestina, proclamando as boas novas do Evangelho.
Essa jornada o levou a realizar atos maravilhosos e demonstrar sinais que atestavam a autenticidade de seu ministério. Ele não apenas curava os enfermos e operava milagres, mas também investia tempo para estabelecer relacionamentos significativos, cultivando vínculos profundos de amizade.
Ao longo de suas peregrinações, Jesus não fez apenas discípulos, mas amigos. As pessoas que conviveram com Ele não eram apenas seguidores ou servos, mas verdadeiros companheiros. Não é por acaso que, em um de seus discursos mais emocionantes, Jesus disse aos discípulos:
Já não vos chamarei servos, […] mas tenho-vos chamado amigo.
(Jo 15.15)
Esta afirmação carrega uma carga emocional intensa e uma mensagem profundamente transformadora. A amizade com Jesus vai além da submissão ou do serviço. Trata-se de uma conexão que é construída na intimidade, no amor e no respeito mútuo. Jesus valorizava esses laços e os cultivava ativamente.
Portanto, ao refletirmos sobre a vida de Jesus, aprendemos que Ele não apenas valorizava a amizade, mas também a praticava de forma significativa.
Seu relacionamento com as pessoas em seu entorno, os milagres que realizou, e a mensagem que transmitiu são todos testemunhos de sua vontade de formar laços profundos e duradouros.
Existia, em Betânia, uma família que tinha a distinção de uma íntima amizade com o Senhor Jesus. Essa família era formada por Marta, Maria e Lázaro (Jo 12.1,2). Sempre que sua jornada o levava à Jerusalém, Jesus fazia questão de visitar essa família, que se tornou um componente especial em sua rede de relacionamentos.
Essa amizade, autêntica e genuína, era expressa através do acolhimento caloroso que a família proporcionava ao Senhor. As visitas de Jesus não eram apenas uma cortesia social, mas uma demonstração clara do laço afetivo que havia sido construído com o tempo.
Cada visita à casa de Marta, Maria e Lázaro era um reflexo da mútua estima e consideração que existia entre eles e Jesus. A forma como recebiam Jesus em sua casa, como um amigo querido, reforçava a qualidade desta amizade.
Isso nos mostra que Jesus não apenas pregava sobre o amor e a amizade, mas também os vivenciava em seus relacionamentos cotidianos.
Porém, essa relação não era apenas unilateral, onde apenas a família recebia as bênçãos da amizade de Jesus. Este relacionamento também era uma fonte de alegria e satisfação para o próprio Jesus. Ele se deleitava com a companhia deles, demonstrando que a amizade é uma via de mão dupla.
Este exemplo nos ensina a importância de mantermos a hospitalidade e a abertura para cultivar e nutrir nossas amizades, assim como Jesus fez. Ele é um modelo de como devemos tratar nossos amigos, com amor, consideração e bondade.
Mesmo quando aqueles mais próximos a Ele, inclusive seus próprios irmãos, não compreendiam plenamente sua missão, Jesus encontrou um acolhimento especial em Marta, Maria e Lázaro. Eles se mostraram receptivos e compreensivos à sua vocação divina.
Um evento marcante dessa amizade ocorreu após a missão dos setenta, quando Jesus e seus discípulos foram para a aldeia de Betânia.
Nessa ocasião, foi Marta quem abriu as portas de sua casa para receber Jesus. Maria, sua irmã, sentou-se aos pés do Senhor, atenta a cada palavra que Ele proferia (Lc 10.38,39).
Estes momentos íntimos compartilhados evidenciam a importância que Jesus dava às suas relações interpessoais, aproveitando suas viagens missionárias também como oportunidades para fortalecer os laços de amizade.
Marta, Maria e Lázaro não eram apenas anfitriões cordiais, mas amigos sinceros e devotos. Eles receberam Jesus em sua casa não como um mero convidado, mas como um membro da família. Sua irmã, Maria, sentou-se aos seus pés, um gesto que demonstrava não apenas respeito, mas uma profunda admiração e carinho.
O acolhimento de Marta, o interesse de Maria, e o vínculo de amizade com toda a família revelam como a relação deles com Jesus era rica e complexa. Mais do que meros admiradores, eles eram amigos íntimos do Mestre.
Jesus, por sua vez, valorizava e cultivava essa amizade, demonstrando que a reciprocidade e a mutualidade são aspectos cruciais da verdadeira amizade.
Assim, esses momentos ressaltam a importância da amizade e da hospitalidade, não apenas como virtudes em si, mas também como expressões do amor divino e da comunhão entre os seguidores de Cristo.
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Frutos da amizade com Jesus
Quando Marta, Maria e Lázaro perceberam em Jesus a resposta para todas as suas perguntas e dilemas, eles entenderam que sua relação com o Salvador ia além de uma simples interação social. Era a presença real do Filho de Deus em sua casa (Mt 10.40).
Essa percepção profundamente tocante indicava uma disposição voluntária de seguir Seus ensinamentos e mandamentos.
Essa decisão marcava o início de um relacionamento singular com o Rei dos reis e Senhor dos senhores (Ap 19.16).
Não se tratava de apenas ter Jesus como um amigo; era também reconhecê-lo como o Messias, o Cristo, e acolher seus ensinamentos em seus corações. Eles encontraram nele não apenas um mestre, mas um amigo em quem poderiam confiar e se apoiar.
Este relacionamento não era um mero acaso. Foi uma escolha consciente de Marta, Maria e Lázaro de se submeterem à vontade divina e de receberem Jesus como o Senhor de suas vidas.
Eles não apenas abriram suas casas, mas também seus corações para o Salvador. Este é um exemplo vívido da forma como a amizade com Jesus pode se transformar em um compromisso profundo e um amor devocional.
Essa história nos convida a refletir sobre como a amizade é fundamental em nossa jornada de fé. Não se trata apenas de respeitar Jesus como Senhor, mas de amá-lo como nosso melhor amigo. Significa abrir nossos corações e vidas para sua presença transformadora, assim como Marta, Maria e Lázaro fizeram.
Assim, essa relação especial demonstra o significado mais profundo da amizade – uma ligação que é baseada não apenas na afeição, mas também no respeito mútuo, na admiração e na disposição de seguir os ensinamentos do amigo.
A amizade de uma família com Jesus se reflete em atos de adoração, contrição e humildade espiritual. Os Evangelhos relatam três ocasiões distintas que evidenciam a atitude de Maria, irmã de Marta, em relação ao Senhor Jesus. Cada uma destas ocasiões revela um aspecto diferente de sua amizade e relacionamento com Jesus.
Primeiramente, em sua própria casa, quando Jesus visitou a família, Maria optou por sentar-se aos pés de Jesus, em atitude de aprendizado e devoção, ouvindo atentamente suas palavras (Lc 10.39).
Essa atitude de Maria destaca a importância de estar presente e atento à sabedoria que um amigo pode oferecer, especialmente quando este amigo é o Senhor.
Em um segundo momento, durante o período de luto pela morte de seu irmão, Lázaro, Maria expressou sua dor e tristeza aos pés de Jesus (Jo 11.32).
Este gesto nos mostra que a amizade verdadeira permite o compartilhamento de emoções profundas e pessoais, mesmo as mais dolorosas. Jesus, como um amigo verdadeiro, estava lá para oferecer conforto e consolo.
Finalmente, em um ato de adoração sincera, Maria ungiu os pés de Jesus com um recipiente de unguento de nardo puro, enxugando-os com seus cabelos (Jo 12.3).
Esta expressão de amor e reverência ressalta a profundidade do relacionamento que Maria tinha com Jesus, evidenciando a intensa conexão espiritual que a amizade com Jesus pode inspirar.
Esses três momentos ilustram claramente a lição que podemos tirar desta história: uma família que acolhe Jesus em sua casa desenvolve um relacionamento espiritual profundo com Ele.
Essa profundidade não é meramente acadêmica ou teológica, mas é uma profundidade de coração e alma, construída sobre a fundação sólida da amizade sincera e do amor mútuo.
Enquanto Maria nos ensina sobre uma espiritualidade profunda, Marta nos mostra a importância do serviço em família. Suas preocupações com os afazeres domésticos destacavam sua intenção de agradar a Cristo, oferecendo-lhe uma hospitalidade excepcional. Era uma maneira de Marta expressar seu amor por Jesus por meio de ações (Jo 12.2).
Alguns podem criticar a atitude mais pragmática de Marta em relação a Jesus. De fato, o Senhor a advertiu sobre um serviço excessivo e a lembrou da importância do necessário (Lc 10.40). No entanto, também é verdade que Marta ajustou seu serviço com base no ensino de Jesus (Jo 12.2).
Quando uma família estabelece uma relação de amizade centrada em Jesus, o serviço mútuo para a manutenção da casa se torna um componente essencial dessa relação. Em Jesus, cada membro da família é chamado a contribuir para as tarefas domésticas, sem nunca esquecer o que é mais importante: a prioridade espiritual (Lc 10.40-42).
Marta nos lembra que a adoração a Jesus não se limita a ouvir suas palavras ou derramar lágrimas a seus pés. Também se expressa através do serviço amoroso e dedicado, especialmente o serviço que procuramos oferecer em nossa própria família e lar.
No entanto, é importante equilibrar a ação com a contemplação, o fazer com o ouvir. Marta precisava aprender a parar e se alimentar da presença e das palavras de Jesus, assim como Maria. Da mesma forma, todos nós devemos nos lembrar de que, enquanto o serviço é importante, não deve nos distrair do relacionamento íntimo que devemos manter com Jesus.
Assim, Marta e Maria nos ensinam lições valiosas sobre o equilíbrio entre o serviço e a adoração em nosso relacionamento com Jesus. Ambas são expressões de amor e amizade que, quando unidas, levam a uma compreensão mais profunda de nossa fé e do nosso chamado como seguidores de Cristo.
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Lições que aprendemos com a amizade de Jesus
A história da amizade de Jesus com a família de Marta, Maria e Lázaro é, acima de tudo, uma história de amor. Ambos os irmãos eram fiéis discípulos de Jesus, acreditando firmemente em seus ensinamentos e, como resultado, o reverenciavam de maneira honrosa e acolhedora. Eles amavam Jesus e eram reciprocamente amados por Ele (Jo 11.5).
Essa narrativa nos ensina que o amor é o sentimento que deve orientar a relação dentro de uma família cristã. Em um lar onde a amizade com Jesus foi estabelecida, o amor de Deus deve ser uma presença constante (1 Jo 3.18).
Isso não significa apenas um amor expresso em palavras, mas um amor vivido em ação e verdade. Trata-se de um amor que é paciente e bondoso, que não inveja nem se vangloria, não se orgulha nem se comporta indecorosamente, não busca os próprios interesses e não se irrita facilmente.
Esse é o tipo de amor que 1 Coríntios 13 descreve, e é esse o tipo de amor que deveríamos buscar expressar em nossos relacionamentos familiares.
Além disso, o amor nesse contexto não é apenas uma emoção, mas uma escolha e um compromisso. É uma decisão consciente de amar o outro, apesar de suas falhas e imperfeições.
Esse amor não é apenas sentido, mas também demonstrado através de ações de bondade, paciência, perdão e serviço.
Portanto, a história de Marta, Maria e Lázaro nos oferece um modelo de como uma família cristã deve se relacionar – com amor, honra, hospitalidade e devoção a Jesus. É uma imagem de como a amizade com Jesus pode transformar nossas vidas e nossas famílias, preenchendo-as com o amor de Deus.
Marta e Maria, apesar de serem irmãs, tinham perfis muito diferentes. Marta era mais prática, voltada para a ação e para o serviço, enquanto Maria era mais contemplativa, tranquila e silenciosa, expressando seu amor por Jesus através da adoração e do aprendizado a seus pés. No entanto, ambas recebiam Jesus com alegria e honra em suas vidas.
Essa dinâmica nos lembra que, assim como em nossa família, na mesma casa coexistem pessoas com personalidades diferentes.
Cada membro da família tem sua própria maneira de expressar amor, de se relacionar com os outros e de adorar a Deus. Isso significa que é necessário ter disposição para conhecer, compreender e administrar com sabedoria e respeito a personalidade de cada um.
Esse é, talvez, um dos maiores desafios do amor em uma família (cf. 1 Co 13.4-7). O amor deve ser paciente, deve ser bondoso. Não deve ser invejoso, nem arrogante ou orgulhoso.
Não deve se comportar indecentemente, nem buscar seus próprios interesses. O amor não se irrita, não guarda rancor e não se alegra com a injustiça, mas se alegra com a verdade.
Compreender e respeitar as diferenças de personalidade em uma família é uma maneira prática de viver esse tipo de amor. Significa aceitar cada pessoa como ela é, valorizando seus pontos fortes e apoiando-a em suas áreas de crescimento.
A história de Marta e Maria nos ensina que, apesar de nossas diferenças, todos nós temos um lugar na família de Deus e na amizade com Jesus. Todas as nossas personalidades únicas podem ser usadas para honrar e servir a Deus de maneiras diferentes, mas igualmente valiosas.
Deste modo, ao invés de permitir que as diferenças de personalidade causem divisão, devemos vê-las como oportunidades para demonstrar amor, paciência e aceitação, à medida que aprendemos a viver juntos em unidade e amor.
Marta, na tentativa de agradar a Cristo, se ocupou em excesso com os trabalhos de sua casa para Jesus, acabando por se distrair e negligenciar a parte espiritual de sua vida. Jesus, percebendo essa distração, lembrou-a de que ela estava preocupada com muitos serviços (Lc 10.40).
Aqui, Jesus não estava incentivando a negligência das responsabilidades, mas apontando para o perigo do excesso de atividades externas, como no caso de Marta.
Ele ensina que a vida não é composta apenas de trabalho, pois “nem só de pão viverá o homem” (Mt 4.4). Isso significa que a vida também envolve um equilíbrio entre a alma e o espírito, pois o ser humano viverá de “toda palavra que sai da boca de Deus” (Mt 4.4).
Portanto, ter uma vida social intensamente ativa, sem uma vida espiritual com raízes profundas, é viver um vazio. Em pouco tempo, o fervor espiritual pode diminuir se não for nutrido.
Nossa família deve ser o ambiente onde nossa vida com Deus seja potencializada, de modo que nossa vida social seja produtiva e abençoada. Isso implica que a família seja um espaço onde o amor, a oração, o estudo da palavra de Deus e a adoração sejam praticados regularmente.
Não apenas no contexto de atividades de grupo, mas também como parte da vida diária de cada membro.
A família, ao ser centrada em Deus e na Sua Palavra, se torna um lugar de crescimento espiritual, onde cada membro é encorajado a desenvolver seu relacionamento com Deus. Isso não apenas aprofunda a fé individual, mas também fortalece os laços familiares e oferece uma base sólida para as interações e responsabilidades sociais.
Assim, a história de Marta nos lembra a importância de buscar um equilíbrio em nossa vida, para que possamos cuidar tanto de nossas responsabilidades físicas quanto de nossas necessidades espirituais.
Conclusão
Nesta lição da escola bíblica dominical, exploramos a história da amizade de Jesus com a família de Marta, Maria e Lázaro.
Através dessa história, aprendemos valiosas lições sobre a importância da amizade com o Senhor Jesus e como essa amizade pode impactar nossas vidas e relacionamentos.
Descobrimos que a amizade com Jesus não é apenas um título vazio, mas uma conexão profunda e significativa. Assim como Marta, Maria e Lázaro experimentaram, essa amizade traz consolo, alegria e bençãos especiais para nossas vidas.
Aprendemos que a amizade com Jesus não é uma via de mão única. Ele se importa conosco e valoriza a nossa amizade. Ele nos chama de amigos e deseja estar presente em nossas vidas diárias, trazendo a Sua sabedoria, amor e conforto.
Essa amizade também tem implicações práticas em nossas famílias. Através da amizade com Jesus, somos inspirados a amar uns aos outros, a buscar o equilíbrio entre as responsabilidades diárias e a nutrir a nossa vida espiritual.
Em nossas casas, devemos criar um ambiente propício para o crescimento espiritual, onde o amor de Deus permeie todas as interações e atividades.
Por fim, reconhecemos que não podemos viver sem a amizade de Jesus. Ele é o amigo verdadeiro que nunca nos abandona, que nos fortalece nos momentos de dificuldade e nos conduz em direção à vida plena. Através da amizade com Ele, encontramos conforto, direção e propósito.
Que possamos cultivar e nutrir essa amizade com o Senhor Jesus em todas as áreas de nossas vidas, em nossas famílias e além. Que o amor, a comunhão e a busca constante por Sua presença sejam características marcantes de nossas vidas.
Nesta lição, exploramos apenas um aspecto da amizade de Jesus, mas há muito mais a ser aprendido e descoberto. Que continuemos a buscar conhecê-Lo e a crescer em intimidade com Ele, para que possamos experimentar plenamente a beleza e a profundidade dessa amizade divina.
Que a amizade com Jesus seja a força que impulsiona nossas vidas, nos guiando em amor, sabedoria e graça, agora e para sempre.